Entenda o movimento de queda na busca por microapartamentos e conheça as tendências do mercado imobiliário
O mercado imobiliário tem características que se moldam de acordo com as particularidades de cada região. Dessa forma, as demandas de aluguel em São Paulo costumam ser diferentes das demandas de locação em Porto Alegre, por exemplo.
Essas diferenças estão atreladas a fatores como economia local, faixa etária e profissão do locatário. Pessoas mais jovens e sem filhos, por exemplo, preferem imóveis menores, com boa localização e que ofereçam mobilidade.
Nos últimos anos, cresceu a busca por apartamentos mais compactos e estúdios, principalmente na cidade de São Paulo. Esse movimento vem sofrendo uma queda significativa, principalmente após o início da pandemia. Entenda.
Cai a demanda por locação e compra de estúdios
De acordo com matéria divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), tem-se identificado um “descompasso entre oferta e demanda” tanto em venda quanto em locação de apartamentos compactos e estúdios na capital de São Paulo.
A partir de um levantamento realizado pelo Zap+, entre os meses de janeiro, fevereiro e março de 2019 (um ano antes da pandemia) e os meses de julho, agosto e setembro de 2022, a busca por apartamentos do tipo estúdio — com até 30m² — e apartamentos com um dormitório e até 50m², teve uma queda de 52%. Somado a isso, a oferta por esse tipo de imóvel cresceu 55%.
O levantamento indica uma queda expressiva na busca pela locação de imóveis com espaços reduzidos. Esse movimento pode estar atrelado ao aumento de profissionais em home office e à necessidade de buscar uma alternativa de moradia com mais espaço e conforto.
A pesquisa destaca ainda que “a liquidez na compra e venda de compactos caiu 83% entre janeiro de 2019 e setembro de 2022”. Se considerarmos todo o período de análise, estamos vivendo o momento de menor liquidez.
É importante destacar que a liquidez na compra e venda de estúdios e apartamentos compactos leva em consideração a relação entre oferta e demanda, registrada nos portais OLX Brasil, ZAP Imóveis e Viva Real.
Pandemia e home office
O levantamento sinaliza que a dificuldade de alugar esses imóveis teve o seu auge durante a pandemia.
Essa dificuldade é fácil de ser compreendida se considerarmos que no auge da pandemia, quando uma parte considerável das pessoas estava trabalhando em home office, muitas se mudaram para cidades do interior, e isso afetou drasticamente o mercado imobiliário no nicho de apartamentos compactos.
Apesar disso, com o retorno à normalidade, iniciou-se um processo de retomada das locações. Porém, apesar dessa pequena tendência positiva, ela não acompanha a queda, que ainda se sobressai.
Expectativas do mercado imobiliário
As expectativas do mercado imobiliário para 2023 são positivas. A demanda por locação e compra deve continuar elevada e, com a possível queda da taxa básica de juros, pode ser um bom momento tanto para investidores quanto para pessoas que estão buscando espaços maiores para morar.
Somado à queda na taxa básica de juros, a necessidade de moradias em empreendimentos de médio e alto padrão pode ditar o tom e garantir a estabilidade no próximo ano. Para 2024, ainda não é possível traçar uma visão clara, principalmente em razão do possível aumento na Taxa Selic.
Quem está procurando um imóvel, seja para locação ou compra, deve ficar atento às ofertas e analisar as opções de acordo com as suas necessidades a curto, médio e longo prazo.
Este pode ser um excelente momento para planejar a mudança para um imóvel maior ou se mudar para um microapartamento em uma cidade grande, como São Paulo. Com a queda na procura e o aumento de ofertas de estúdios a apartamentos compactos, há opções com ótimos preços, mobilidade e excelente localização. Não se esqueça de locar o seu imóvel usando os serviços de intermediação de empresas e sites confiáveis.
A dica vale tanto para locadores quanto para locatários: fique atento aos movimentos do mercado e às oportunidades e não abra mão do suporte de empresas e plataformas que garantam a segurança na intermediação da negociação e no fechamento do contrato.